Veículos não tripulados
O Instituto Hidrográfico dispõe de vários veículos autónomos que estão capacitados com diversos sensores específicos para a aquisição de dados hidrográficos, oceanográficos e geológicos.
Glider
Veículo subaquático autónomo, sem propulsão própria, concebido para investigação oceanográfica.
Ao contrário dos veículos tradicionais movidos a hélice, os gliders utilizam um sistema de variação de flutuabilidade, ajustando a densidade e a inclinação das baterias internas para se deslocarem verticalmente e deslizarem na água.
Equipados com sensores, recolhem dados sobre parâmetros como temperatura, salinidade (condutividade) e qualidade da água, durante missões de longa duração, que podem estender-se por semanas ou meses.
Tal característica torna-os valiosos para o estudo das condições oceânicas, correntes e ecossistemas marinhos, oferecendo um meio eficiente e economicamente vantajoso de recolha de dados.
AUV (Autonomous Underwater Vehicle)
Veículo subaquático autónomo em forma de torpedo, capaz de executar uma ampla variedade de missões nos domínios da Defesa e Segurança, Oceanografia e Monitorização Ambiental.
É constituído por dois cilindros de fibra de carbono ligados a duas secções terminais, onde se encontram os propulsores de direção e de propulsão, bem como uma bexiga interna que permite variar a flutuabilidade do veículo.
Dispõe de sensores de condutividade, temperatura e pressão, além de uma câmara e de um sonar lateral, permitindo observações detalhadas do meio subaquático.
USV (Unmanned Surface Vehicle)
Veículo autónomo de superfície, de pequenas ou médias dimensões (2 m e 4 m de comprimento, respetivamente), vocacionado para operações em águas abrigadas ou costeiras e de rápida projeção.
A possibilidade de integrar um sistema sondador multifeixe e um guincho com perfilador de velocidade do som torna-o num meio capaz de mapear o fundo marinho com elevada resolução, sem a significativa pegada logística associada às embarcações tripuladas.
UAV (Unmanned Aerial Vehicle)
Veículo aéreo autónomo vocacionado para apoio a levantamentos topográficos.
Atualmente, o IH pode equipá-lo com sensores que permitem a realização de voos fotogramétricos, voos LiDAR e aquisição de imagens multiespectrais, possibilitando a geração de produtos com resolução centimétrica.
Este meio veio aumentar significativamente a eficiência das operações do IH: por exemplo, levantamentos topográficos (como perfis de praia) que anteriormente requeriam várias pessoas e uma panóplia de equipamentos, podem agora ser executados por um único operador, numa fração do tempo, garantindo maior segurança, flexibilidade e rapidez na resposta às necessidades de mapeamento e monitorização ambiental.
ROV (Remotely Operated Vehicle)
Os veículos operados remotamente são veículos subaquáticos não tripulados, controlados por um operador na superfície. São utilizados para exploração, inspeção e tarefas em águas profundas ou mais perigosas, onde os seres humanos não podem ir, equipados com câmaras, sensores e braços robóticos. O cabo umbilical fornece energia e comunicações entre o veículo e a estação de controlo.
